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Capítulo XV – Dias de chuva

Chegou ofegante.
Correu por 1 hora inteira para me encontrar. Nunca o vi tão preocupado.
Chorava na mesma intensidade que o cair da chuva. Sentada na sala gélida do meu humilde lar abracei aqueles cadernos como se fossem a última coisa que eu quisesse perto de mim: papéis.
Inconscientemente eu sabia que tudo mudaria em breve, que as coisas iam ficar mais bagunças que de costume. E nesse momento decidi fugir.
É estranho, contudo é inevitável controlar esse sentimento de fuga.
Chegou totalmente molhado, e cansado da maratona rumo a minha melancolia.
Já não comia, não falava ou bebia. Mergulhamos no silêncio de um abraço afetuoso.

Eu trouxe o colchão para garagem.
Ele fez uma fogueira na varanda.


Todavia, nem tudo ficou bem naquela noite.

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