Convidei a Nostalgia para morar comigo, pois é nela que invisto as minhas palavras.
Somos amigas, brigamos pelo Passado. Sim, ele também tenta nos disputar. Mas apesar disso somos amigas, ela e eu.
Baseio-me sempre nele, ele que dita as regras por aqui. Ele manda, ele é o chefe do Tempo. O que posso eu fazer? Venerá-lo e obedecê-lo.
A Nostalgia tenta sempre leva-lo de mim, mas no fim a preferência é sempre minha. È a mim que ele devota a sua real atenção.
Somos apaixonados, somos amantes.
Brigamos, é fato. Que emoção vive em plena harmonia?! As emoções são intensas, e na Intensidade não existe harmonia, ou tranqüilidade. Existe o impulso, o momento atual, a realidade vivida com fervor, sem tempo para dar atenção ao Tempo ou para pensar na Nostalgia. E quando o furacão da Intensidade passar pelo Tempo, e repousar no Passado, eu estarei lá, pronta para ser consumida, tragada e amada pelos ignorantes mortais.
Sou eu quem movo os sentimentos, as ações, e não o tempo. Ele me acompanha, mas sem mim, nada seria. Sou necessária, tanto ou além dele.
Eu sou a Melancolia.
Oi Rosinha, apesar de ter passado outras vezes por aqui, nunca reservei um tempinho para ler calmamente....Gostei muito!
ResponderExcluirBeijos