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Capítulo XVI – Talvez sim, talvez não sei

Alguns cigarros a mais não farão diferença para o meu sistema pulmonar, mas a essa altura o estomago começa reclamar e a pressão arterial esta implorando por um pouco de cloreto de sódio.

Está frio, poucos graus acima de zero. E assim estão também as minhas mãos, barriga e coração. Está frio, todo o meu corpo. Todas as partes que ainda sinto dele.

A intensidade me complica, sempre. Ela me desconcerta e me faz agir de modo a me arrepender minutos depois. Mas ainda assim, não planejo ser diferente. Contudo, preciso aprender a ter controle e manipular bem o que sinto para que isso não interfira nas coisas a minha volta.

Está escuro, e por um momento meu medo da noite sumiu. Pela primeira vez a falta de luz me proporcionou paz. Está escuro, todas as ruas estão vazias. Em todas as direções e para todos os lados que não consigo ver.

O arrependimento é conseqüência de atos pensados e do excesso de reflexão. É seqüela de ações impulsivas e descontroladas. Mas ainda assim, não planejo ser diferente. Contudo, preciso me acalmar e ser razoável nas minhas decisões para que isso não intervenha na ordem das coisas.

Algumas explicações podem consertar as coisas, ou não. O excesso de explicação pode confundir a razão e estimular pesadelos repetidos, que insistem em perturbar a realidade programada para ser perfeita.

Talvez? Não sei.

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