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Não tem motivo

O atropelamento aconteceu, hoje cedo e depois à tarde. Para ser sinceramente imparcial acontece todos os dias, só procurar por aí em lugares comuns.
A dimensão incalculável, cega, embaça a percepção, distorce a razão.Tornando o acidente normal, perfeitamente normal e praticamente óbvio.
Não tem sentindo, a ira desnecessária não faz sentindo. Mas existe, e de um jeito devasso, descontrolado passa sem perceber.
Com que motivos? Não é vivo, mas mora aqui, e os olhos, o calor impedem de discernir os fatos, de apagar o ontem fazendo com que a fraqueza de ser menos abale o intocável. Balance o certo, o definido.
Medo de perder.






por tão pouco, por quase nada.

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