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Dos que amores que, definitivamente, não quero entender.


Sob dura pena aprendi que a imensidão do amor não justifica a falta de racionalidade. E que a ausência da auto-admiração pode resultar no mais amargurado dos sentimentos, a culpa.

Me pego analisando teorias sobre aquele “amor maior que eu” e não vejo motivo para tanta imensidão. Questiono-me ainda, sobre a capacidade de alguém amar você mais que tudo na vida, até que ponto algo desse tipo pode sobreviver?

Não acredito que vale a pena viver, um mês dentro do extremo da emoção, em troca da busca eterna pela aquela imensidão que já sentiu. Não é questão de pessimismo ou desamor, só a vida obrigando a sermos práticos.
 

Tudo nesse mundo é incentivo para induzir que todas as pessoas vivam uma grande história de amor, mas nada é capaz de ensinar como lidar com os conflitos óbvios ou a remendar corações desfeitos.

Aprenda que nada paga o preço de viver em paz. Que não existe vantagem em trocar cinco minutos sublimes por uma vida de angústia, saudade e dor. Imagine de menos e não espere abrigar sua felicidade naquele “amor acima de tudo”.

O amor não é um sentimento e sim, o conjunto deles. Ele sozinho, coitado, serve para pouco ou quase nada, de bom.

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