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Mácula


Envergonho-me em ter a nostalgia como minha companheira. Contudo, nunca a apresento com essa intimidade, finjo bem que estou sempre só.
Faz tanto tempo que nem me lembro quando nos juntamos... Ela parecia tão essencial, mas agora ignoro o fato que me deixei levar. Pude resistir, mas não quis. Preferi me render aos seus encantos, preferi me envolver pela dependência que, supostamente, ela me provocava.
Hoje não posso levá-la comigo. E o que não posso carregar, não me serve. Logo, terei que deixá-la pra trás.
Sinto muito, adeus.

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