Samba

Nunca subi alto o suficiente para “causar-me” náusea, tremor ou bambear de pernas. E não por falta de oportunidade, mas sim, por questão de predisposição...

Contudo, sinto como se estivesse viajando na asa de um avião pelo lado de fora, avistando lá embaixo ombros marotos.

Ombros. Neles encontro deleite e viajo. Não consigo me conter quando os vejo. Preciso tê-los a qualquer modo.

Sinto vontade de dançar e declamar versos ritmados aos ouvidos convidativos. Entrar nas páginas dos livros enfileirados na desordem da estante e sambar ao som dos CDs nativos.

Sinto vontade de estar malemolente o suficiente para ter coragem e sóbrio o bastante para guardar a lembrança.

Esse é o motivo!
A consequência real dos desatinos propositais.