Quando cometemos erros irreparáveis a autoflagelação parece o caminho mais confortável a seguir.
Fechei o punho e procurei uma superfície rígida para descontar as ausências que sinto diariamente. Omissões que fazem apertar o meu peito com uma pontada fina e aguda.
Ao examinar a minha mão percebo por entre os dedos uma cicatriz. E nesse momento desisti de lutar contra a falta que você me faz. Lembrei do dia que descobrimos que nos acidentamos exatamente na mesma semana e no mesmo lugar. Pensei ainda, que talvez a sua cicatriz ainda fosse tão nítida quanto a minha.
Lembrei de quando avistei em um coletivo a conjunção que uniu a nossa oração. E ela também tinha uma marca. Estava diferente, mas foi impossível não reconhecer a marca em seu rosto.
Tudo marca.
Por mais que tente colocar fim e fugir, elas vão sempre me perseguir e me farão recordar que você ainda vive, dentro e fora de mim.
Genial, Rosa... po, doeu aqui.
ResponderExcluirBjo
Fabio